Muitas vezes insurjo contra este instituto público como o modo trata as chamadas de socorro e as entidades envolventes no SIEM.
E cada vez tenho mais razão no que escrevo, basta por isso ler as notícias que saem diariamente sobre esse instituto, onde cidadãos morrem a espera de socorro ou são transformados em armas de arremesso entre as entidades envolvidas no sistema.
O recente caso de Santarém e as chamadas de socorro não atendidas, mostrou a realidade diária do que se anda a passar, realidade pintada de maneira diferente da realidade, onde uma simples chamada de socorro é transformada num verdadeiro inferno para quem necessita de ajuda.
Tudo isso somente acontece pela prepotência no INEM, que faz da linha 112 uma autêntica mercearia de bairro, onde escolhe o que quer, como quer, e se o produto não lhe agrada tenta o despachar para os outros parceiros, parceiros que depois têm que fazer aquilo que agrada ao INEM como o que não agrada ao INEM, com agravante de muitas das vezes suportarem os custos dos serviços ou cobrarem o serviço prestado a quem necessite a de ajuda.
Até quando é que iremos fechar os olhos e compactuar com essa situação?
Esta na altura de se proceder a criação de verdadeiras centrais de socorro ou de emergência como lhe queira chamar, centrais idênticas aos dos países civilizados, onde qualquer pedido de socorro é tratado de uma forma profissional por pessoas competentes, que gerem todos os meios de socorro disponíveis das diversas entidades pertencentes ao sistema, onde uma simples chamada de socorro é recebida e resolvida internamente e gratuitamente, não existindo outra forma de se obter meios de socorro além dos accionados por essa central.
Em quanto isso não acontecer, o socorro em Portugal será sempre uma incógnita, porque ninguém sabe que meios estão disponíveis nem o que andam a fazer.