sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Cheias no distrito de Lisboa


No dia 18 de Fevereiro o distrito de Lisboa foi atingido por uma forte enxurrada, os Bombeiros do distrito tiveram cerca de 1960 ocorrências, resultou a morte de três cidadãos, foram salvos cerca de 121 cidadãos apanhados desprotegidos nas águas revoltas.

No terreno como sempre estiveram os Bombeiros locais, 2900 homens mais de 300 viaturas, onde o seu sistema conjuntural e proximidade as populações tiveram que dar resposta atempadamente a todos os pedidos de socorro, onde na falta de meios a condizer com a situação, improvisou-se com o que se tem e não tem.

Não existiu outra entidade a auxiliar as populações além dos Bombeiros, aonde esteve a resposta rápida criada recentemente pelo governo, quer os GIPS da GNR e os Caneirinhos?

Onde andavam os meios aéreos para auxiliar os Bombeiros nas operações de resgate dos cidadãos?

Mais uma lição que muita gente não quer aprender, que a melhor solução para o socorro em Portugal é na aposta das entidades locais, principalmente nos Bombeiros.

domingo, fevereiro 17, 2008

Estou sozinho...


As frases mais ouvidas ultimamente

sábado, fevereiro 16, 2008

EIP fora da emergência pré hospitalar

O Governo pretende criar, até 2009, 200 Equipas de Intervenção Permanente (EIP), resultantes da congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), as Câmaras Municipais e as Associações Humanitárias de Bombeiros.

Foi nesse quadro que foi publicada a Portaria n.º 1358/2007, de 15 de Outubro, que regulamenta a organização e a actividade futura das EIP.

Cada uma será composta por cinco bombeiros e terá por principal missão o combate a incêndios e o socorro às populações em casos de acidentes e catástrofes. Mais concretamente, em termos de missões, as EIP visam assegurar, em permanência, o socorro às populações, designadamente nos casos de combate a incêndios florestais, em caso de fogos, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes ou catástrofes, e ainda no auxílio a náufragos.

As Equipas deverão ainda prestar socorro complementar, em segunda intervenção, em desencarceramentos ou apoios a sinistrados no âmbito da urgência pré-hospitalar, não podendo, contudo, substituir-se aos acordos com a autoridade nacional de emergência médica.

Fonte Diário de Viseu

Para quem conhece minimamente o sistema de socorro em Portugal, facilmente ira ver esses elementos a fazer um pouco de tudo, consultas, emergências médicas, transferências etc. Menos efectuar serviços para qual foram criados.

Serão usados a 100% a primeira intervenção na área do pré-hospitalar, área que não tem capacidade na primeira intervenção, porque qualquer acordo existente entre o Serviço Nacional Saúde e o Instituto Nacional de Emergência Médica, não contempla equipas em permanência para áreas do pré-hospitalar, nem verbas financeiras para a sua criação, e qualquer serviço que ocorra nessa área será efectuado por esses elementos, porque dificilmente existira outros elementos disponíveis para os efectuar.

Uma situação facilmente detectada se existir fiscalização, mesmo durante o verão muitos elementos afectos ao dispositivo de combate aos incêndios florestais são usados periodicamente para socorrer cidadãos na área do pré-hospitalar, uma realidade que muitas gente teima em esconder.

5 Elementos somente asseguraram 8 horas diárias, quem socorro a população nas outras 16 horas diária?

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Serviço mínimo para ser Bombeiro “Voluntário”

Em declarações ao Cidade Hoje, João Castro Faria explica que a regulamentação prevê um número mínimo de horas de serviço operacional para os bombeiros voluntários. Esse período ainda não está quantificado, mas em caso de incumprimento os bombeiros passarão a fazer parte do quadro de reserva, ficando impossibilitados de participar no serviço operacional. Por outro lado, a extinção do quadro de especialistas auxiliares, composto por elementos que não tinham conhecimentos técnicos (por exemplo motoristas), coloca maiores entraves. «Tudo isto vai no sentido de nos limitar em termos de gestão de recursos. Diminui a capacidade de resposta e aumenta a exigência daqueles que, sendo voluntários, têm que dispensar o seu tempo para essa missão», sublinha.

Uma medida somente peca por tardia, porque o que existem mais em Portugal são Bombeiros virtuais, que são tudo menos Bombeiros voluntários, normalmente somente aparecem nas festas ou para efectuarem serviços no dispositivo de combate a incêndios, não tem formação nem querem formação, e quando fazem alguma coisa fazem-na sempre mal, pondo a vida deles e dos outros em risco.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Demissão do presidente do INEM


A substituição do Presidente do INEM já se esperava a muito, e era aclamada por muita gente, motivada pela politica imposta no SIEM.
Uma política egocêntrica e megalómana, onde resultou na decadência do sistema integrado de emergência médica, motivado com a falta de diálogo entre esse instituto e as identidades pretendentes ao sistema, que levou a esquecer por completo os deveres constitucionais do seu instituto.
Esse senhor simplesmente ignorou completamente as outras identidades pretendentes ao Sistema, como acabou com algumas, como no caso das ambulâncias da PSP, onde para isso gastou os seus “ovos” guardados para fazer uma bela omelete, preferencialmente amarelada para se distinguir dos outros, e por outro lado as outras identidades pertencentes ao sistema tinham que manter uma estrutura idêntica, quer em quantidade quer em qualidade, consumindo unicamente as cascas dos ovos que sobravam da omelete, servida somente para alguns.

A publicidade efectuada, mostrava um sistema integrado, uma rede de VMERs e ambulâncias espalhadas de norte a sul do país até nas zonas mais inóspitas, a funcionar a 100%, que motivou o Ministro da Saúde fechar muitos centros de urgência, acreditando num sistema digno e que respondia as necessidades da população em caso de necessidade.

Não demorou muito para a realidade vir ao de cima, e a existência de varias mortes de cidadãos por culpa directa do sistema, que mostrou uma realidade conhecida por muita gente, e esse senhor tentou dar o ultimo golpe no seu parceiro mais directo “ Bombeiros Portugueses” divulgou o que não devia, e saiu o tiro pela culatra, deu um tiro nos próprios pés, esqueceu-se completamente dos seus deveres constitucionais e de quem era o responsável pelo sistema.

Isso custou a substituição do Ministro da Saúde e a dele próprio, somente espero que a sua substituição não passe de uma operação de cosmética por parte do governo na política na área do pré-hospitalar, operações de cosmética que esse senhor já nos habitou nos últimos anos para mostrar uma realidade que não correspondia a realidade, como a que hoje passa no canal público da televisão, uma reportagem alargada mostrando a e imagem e política geocentrista desse senhor já demitido.

Para esse senhor, um adeus para sempre.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

DAE



Cardiologista aplaude a iniciativa da Sonae e diz que os bombeiros deviam poder usar os aparelhos de reanimação. «O INEM está a precisar de uma limpeza», acusa«Qualquer cidadão que tenha formação tem competência para usar um desfibrilhador, porque agora esses aparelhos são automáticos», defende Carlos Ramalhão, antigo presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.


Recorde-se que os bombeiros estão impedidos pelo INEM de utilizar cem desfibrilhadores, comprados desde 2004, altura da morte do jogador Fehér. No entanto, os seguranças dos hipermercados da Sonae, por onde passam semanalmente dois milhões de portugueses, já utilizam estes aparelhos de reanimação cardiorespiratória há cerca de quatro anos.


O cardiologista considera que «o INEM está a precisar de uma limpeza», porque não permite que os bombeiros utilizem os aparelhos, mesmo tendo formação.


Contactado pelo Portugal Diário sobre esta situação, o INEM apenas diz: «Preferimos não comentar», disse fonte do gabinete Luís Cunha Ribeiro.


Segundo o cardiologista Carlos Ramalhão, o funcionamento do desfibrilhador automático é simples. «Basta colocar o desfibrilhador na vítima que ele faz a avaliação do corpo e efectua a descarga eléctrica».


O aparelho devia existir «em qualquer lado que se junte gente, como estádios, centros comerciais», defende. Os desfibrilhadores já são vulgares nos Estados Unidos. «Em Nova Iorque, no aeroporto Kennedy, há um desfibrilhador à entrada de cada uma das mangas para os aviões», recorda.


Usar o desfibrilhador é um dever de cidadania, quem o faz está a salvar uma vida», acrescentou.


Como são feitos os cursos?


A responsável pela Associação Salva-Vidas que ministrou o curso de reanimação na Sonae confirmou ao Portugal Diário que apenas os seguranças da empresa tiveram formação para a Desfibrilhação Automática Externa (DAE). «Foi apenas aos seguranças», vincou a directora e médica Cristina Granja. As caixas e outros funcionários destas grandes superfícies não possuem essa formação. Os cursos são dados por «formadores creditados e profissionais da Saúde», esclareceu.


Bombeiros têm formação semelhante, os bombeiros voluntários fazem formação em hospitais públicos. Este curso para DAE pode ser ministrado no Hospital Amadora-Sintra e no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, segundo informações prestadas pelo Comandante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Fernando Vilaça.


Estes cursos são continuados, ou seja, os formadores fazem um acompanhamento periódico dos formandos, recebendo relatórios do seu uso dos desfibrilhadores. No entanto, os bombeiros ainda não tiveram possibilidade de salvar vidas com os cursos que têm tido.


sábado, fevereiro 02, 2008

A Inspecção-Geral das Actividades da Saúde abriu um inquérito e vai averiguar como foi tornada pública a conversa.

A Inspecção-Geral das Actividades da Saúde abriu um inquérito à operação de socorro ao homem que morreu em Alijó e vai averiguar como foi tornada pública uma conversa entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os bombeiros.Fonte do Ministério da Saúde revelou que o processo de inquérito que a IGAS instaurou vai avaliar a resposta dada a um pedido de socorro a António Moreira, 44 anos, que faleceu na madrugada de 22 de Janeiro, em Alijó, depois de uma queda.

Em análise vão estar as respostas desencadeadas desde que foi feita a chamada para o número europeu de socorro (112) que, segundo um familiar da vítima, foi feita às 03h30.Segundo Manuel Lopes, cunhado da vítima, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Real apenas chegou à aldeia "duas horas depois".

O familiar lamentou a morte do cunhado "por falta de assistência do INEM" e ameaçou avançar com um processo judicial contra aquele instituto de emergência médicaContactada pela Lusa, fonte do INEM referiu que o pedido de socorro foi feito por volta das "03h40" e que, logo nesse primeiro contacto, a família já avançava que o homem estaria morto.

Na gravação daquela chamada telefónica, o irmão do falecido afirmava que este já se encontrava morto, que sangrava pela boca e que já não respirava.O INEM accionou os bombeiros de Favaios, através de uma chamada feita às "03h51" - que demorou perto de oito minutos - ao mesmo tempo que solicitava os serviços da VMER de Vila Real.

Por falta de tripulação dos bombeiros de Favaios, já que o motorista se encontrava de serviço sozinho, o INEM teve de chamar os soldados da paz de Alijó, que também só tinham um elemento na corporação.

O comandante dos bombeiros de Alijó, António Fontinha, referiu que a sua corporação recebeu a chamada às "04h01" e que chegou a Castedo às "04h15".Este responsável explicou que, apesar de só um funcionário se encontrar na corporação durante a noite, os outros elementos estão ao serviço de chamada e que são accionados em "segundos".

A Lusa contactou o comandante dos bombeiros de Favaios que se limitou a confirmar a hora do contacto efectuado pelo INEM.António Fontinha realçou as dificuldades de circulação nas estradas, devido às condições meteorológicas nomeadamente o nevoeiro intenso, as mesmas condições que, segundo o INEM, condicionaram também a chegada da VMER a Castedo.

A viatura de emergência demorou, segundo o INEM, "40 minutos a chegar" e, segundo António Fontinha, "50 minutos" até chegar perto da vítima, tendo apenas confirmado o óbito.

A IGAS vai igualmente averiguar como é que uma chamada entre a operadora do INEM e os Bombeiros, com vista à activação dos meios de socorro a António Moreira foi parar à comunicação social.


Espero que se investigue e que se puna os culpados, porque essas chamadas são confidenciais, pelo menos deviam.