sexta-feira, junho 27, 2008

Multa por homicídio negligente de um jovem

A médica anestesista Manuela Veringer e a enfermeira Madelena Serra, ambas do hospital Egas Moniz, foram hoje condenadas a uma pena de multa por homicídio negligente de um jovem. A vítima morreu asfixiada após uma cirurgia, em 2002.

A juíza dos Juízos Criminais de Lisboa decidiu hoje condenar as duas arguidas a penas de multa. A pena vai dos 240 dias a 22 euros por dia (num total de 5.280 euros) para a médica anestesista, e 220 dias a oito euros por dia (1.760 euros) para a enfermeira, que, no âmbito deste processo, foi reformada compulsivamente. Carlos Mascarenhas morreu no dia que foi operado, a 28 de Agosto de 2002 no Hospital Egas Moniz, em Lisboa. A vítima tinha 30 anos e foi operada a um quisto do canal tiroglosso fistulizado.

Depois de ter feito o recobro da cirurgia e já na enfermaria, o jovem começou a queixar-se às enfermeiras e à família de que não conseguia respirar, acabando por morrer sufocado com um edema de glote.


Esta situação levou a uma investigação da Inspecção-Geral de Saúde em 2002, tendo este organismo apurado "a existência de procedimentos incorrectos merecedores de censura que motivaram a actuação disciplinar" contra a médica e duas enfermeiras.
Nas duas horas que precederam a sua morte, o doente manifestou queixas que, todavia, "não foram objecto de uma leitura correcta por parte do pessoal encarregado da sua vigilância e assistência", referiu na altura o Ministério da Saúde.
Porém, a enfermeira espanhola Mercedes Romero não foi julgada por se desconhecer o seu paradeiro. Hoje, na sentença, a juíza considerou que "as atitudes das duas arguidas foram causadoras da morte" do jovem, tendo sido cometido o crime de homicídio negligente, mas "de forma inconsciente".
A magistrada considerou também que a atitude da médica anestesista, pelo facto de ser clínica, "teve uma intensidade mais expressiva". A pena de multa para as arguidas foi justificada com a idade e com a falta de antecedentes criminais. Admitindo que a decisão não agradasse à família do jovem, a juíza lembrou que "os tribunais fazem justiça e não retaliações".
No final, a irmã de Carlos Mascarenhas mostrou-se inconformada com a decisão, alegando que "a vida de um jovem não vale somente uma multa". "A família sempre quis que as duas arguidas ficassem inibidas de exercer as suas profissões e nem isso aconteceu", lamentou Carla Maria Mascarenhas, acrescentando que tinha esperanças que "pelo menos isso acontecesse". Quanto a um eventual recurso, a irmã de Carlos Mascarenhas disse que admite recorrer mas ainda tem que falar com os pais e saber "se eles têm forças para continuar com o processo", disse.

Lusa

Uma situação que somente mostra como anda o nosso serviço nacional de saúde e a nossa justiça.

Uma médica e uma enfermeira, que somente mostraram as deficiências na sua formação base, como profissionais e como cidadãos, desrespeitando completamente a vida de um cidadão, que em agonia recorreu a todas as formas de alertar esse “profissionais” da gravidade da sua situação, onde completamente ignorado acabou por morrer de uma morte angustiada e prematura.

A médica foi condenada a pagar 5.280 euros e a enfermeira 1760 euros.

Onde anda a Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros?
Que atitude tiveram com esse dois incompetentes?
Mas eles andam ai a exercer as suas funções, eles e outros, que somente por pertencerem a essas classes são impunes aos olhos da lei.

sábado, junho 21, 2008

A nossa emergência no seu melhor.

A falta de meios de socorro "obrigou" um médico de Beja a transportar no seu carro particular, ontem, uma criança de três anos vítima de atropelamento.

Os pais do menino esperaram meia hora pela ambulância, que não apareceu.

A criança, que foi colhida por um carro, às 8.43 horas, numa passadeira do centro da cidade de Beja, foi inicialmente socorrida no Centro de Saúde, situado junto ao local do acidente. Só que, face à gravidade dos ferimentos, houve necessidade de a transferir para o hospital de Beja. O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa e Vale do Tejo terá accionado o pedido de meios de socorro, mas sem êxito.

Em desespero, acabou por ser um médico a "vestir a pele" de bombeiro e o seu carro pessoal a substituir-se ao do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Com o consentimento dos pais da vítima, o clínico arriscou o transporte até ao hospital, fazendo-se acompanhar da mãe do menino e de mais dois colegas médicos.

A decisão foi tomada por Edite Spencer, directora em exercício do Centro de Saúde, depois de uma espera infrutífera pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) ou da viatura 112 estacionada nos bombeiros, já que a gravidade da situação foi comunicada, por três vezes, ao CODU de Lisboa e Vale do Tejo. A primeira chamada foi feita pela condutora da viatura que atropelou a criança e as restantes pelo próprio Centro de Saúde.

"Assumimos a responsabilidade do transporte da criança, face ao seu estado e há inexistência de um meio de socorro", disse, ao JN, Edite Spencer.

Após o acidente, foi accionado o 112, tendo a Polícia feito deslocar para o local uma viatura de prevenção de acidentes da Esquadra de Trânsito.

Ao JN, o sub-Comissário Graça confirmou que "não compareceu qualquer ambulância" para socorrer a criança, de ascendência ucraniana.

Fonte do Hospital de Beja informou, entretanto, que "o estado grave da criança" levou a que a mesma fosse evacuada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, "acompanhada de um médico e de uma enfermeira".

Edite Spencer revelou que o caso "foi de imediato participado à Administração Regional de Saúde do Alentejo" e acrescentou que vai ser elaborado um relatório com "as razões que levaram à forma de transporte da criança".

Pedro Coelho, porta-voz do INEM, reconheceu que o CODU recebeu uma chamada e as 112 duas chamadas, mas "em nenhuma das três foi feito qualquer pedido de socorro, nem tão pouco dada informação sobre o estado clínico da criança".

Fonte: Jornal Noticias

Uma situação que somente vem a reflectir a situação do socorro a nível nacional na área do Pré-Hospitalar, onde um instituto público “INEM” governa esse sector de uma forma grosseira e incompetente, ignorando pessoas e entidades.

É lamentável que pessoas com formação académica resolvem transportar uma criança em estado grave em veículo particular, se o 112 e o INEM não dão resposta, o que é normal hoje em dia, bastava ligar para os Bombeiros locais que a resposta seria atempada e correcta.

terça-feira, junho 17, 2008

O INEM chega a todos os cantos


Não é uma foto montagem, esta viatura estava estacionada juntamente com outra na praça do senado em Helsínquia, foto tirada por Diana Sousa.

Enquanto o país esta a passar uma grave crise económica, o INEM anda a passear pelas belas cidades da Europa, certamente a fazer turismo as custas dos contribuintes portugueses.

quarta-feira, junho 11, 2008

INEM tem plano de contingência para contornar falta de combustível

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem um plano de contingência que accionará se faltar combustível para a actividade das ambulâncias que opera...

que ainda não se regista por causa da paralisação dos transportes de mercadorias. Fonte do instituto disse à Lusa que, para já, ainda não se regista qualquer falta de combustível para as 79 ambulâncias que opera directamente, de um total de 284 de que dispõe e que se encontram junto de várias entidades, como os bombeiros.

No caso do combustível começar a faltar, o que depende de uma série de factores, como a duração do protesto ou a actividade do INEM, este instituto accionará o plano de contingência que permitirá o abastecimento das suas viaturas. A falta de combustível é uma das consequências da paralisação dos transportadores de mercadorias, em protesto contra o aumento dos combustíveis.

Por acaso gostaria de saber que tipo de plano contingência que o INEM tem, certamente nenhum, somente shou-off , nada mais, os seus meios iram parar como os da outra entidades

quarta-feira, junho 04, 2008

INEM gastou cerca de 123 mil euros em exercício da NATO

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) gastou cerca de 123 mil euros com a participação no exercício da NATO na Finlândia...

verba justificada com a "oportunidade de excelência" para "desenvolver capacidades, treinar profissionais e corrigir deficiências". O INEM representa Portugal, desde domingo e até quinta-feira, em Helsínquia num exercício da NATO, denominado "Uusimaa 2008", que tem como objectivo testar a capacidade de resposta a uma forte cheia em que infra-estruturas são contaminadas, algumas com risco químico, biológico e radiológico.

Os cerca de 123 mil euros incluem a deslocação do pessoal, alimentação, gasóleo e ajudas de custos. Em declarações aos jornalistas, o presidente do INEM, Abílio Gomes, disse que a participação do Instituto nesta missão é "de interesse nacional", considerando que esta "é uma oportunidade de excelência" para "desenvolver capacidades, treinar os profissionais e corrigir todas as deficiências". O INEM "representa o país num fórum de cooperação internacional que está bem definida", afirmou, adiantando que Portugal já tem a capacidade para actuar em situações com ambiente contaminado, mas ainda "não é abundante".

Segundo Abílio Gomes, as Forças Armadas e o INEM é que têm actualmente esta capacidade em Portugal. O INEM tem esta "responsabilidade, mas tem que mantê-la e aperfeiçoá-la", disse, para realçar a importância da participação portuguesa no exercício da NATO.

O Instituto Nacional de Emergência Médica participa no treino com uma equipa de 42 elementos, entre médicos, enfermeiros, técnicos de ambulância de emergência, elementos da logística e telecomunicações. No exercício, o INEM efectua triagem das vítimas e presta cuidados médicos em ambiente contaminado, faz a descontaminação e realiza a triagem secundária, estabilização e evacuação das vítimas, além de ter montado um hospital de campanha.

A equipa portuguesa está a utilizar no exercício uma parte do hospital de campanha, uma ambulância, uma viatura logística, duas 'pickups', um jeep das telecomunicações, duas viaturas NRBQ (ambiente nuclear, radiológico, biológico e químico). O valor do equipamento transportado pelo INEM é de 1,6 milhões de euros.