O homem de 34 anos que foi apanhado em Vila Franca de Xira
com uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) roubada nos
Olivais, em Lisboa, enquanto esta efectuava uma operação de socorro, foi
constituído arguido e vai aguardar julgamento com termo de identidade e
residência, a medida de coacção mais leve prevista no Código de Processo Penal.
A medida foi aplicada pelo juiz de instrução criminal no Campus da Justiça, no
Parque das Nações, em Lisboa, que o ouviu em primeiro interrogatório.
O caso aconteceu na manhã de sexta-feira, 25 de Novembro,
na rua Jangada de Pedra nos Olivais, enquanto uma equipa do INEM prestava
assistência a uma emergência médica. Pelas 10h00 a tripulação da ambulância foi
chamada para acudir a uma mulher com problemas respiratórios, que estava
internada num centro de apoio a idosos. Os dois tripulantes da ambulância
entraram no edifício e acudiram a doente, permanecendo no interior do centro
durante quase meia hora, o tempo necessário para estabilizar a doente e
prepará-la para transporte.
O larápio aproveitou o facto da ambulância ter ficado a
trabalhar sem ninguém por perto para se colocar em fuga. Foram os próprios
tripulantes do INEM que deram o alerta para o Centro de Orientação de Doentes
Urgentes (CODU).
O GPS do veículo permitiu à Polícia de Segurança Pública
interceptar a ambulância pelas 10h15 junto ao nó de acesso à Auto-Estrada do
Norte (A1), no Bairro do Paraíso em Vila Franca de Xira.
A polícia montou uma barreira na estrada para imobilizar o
suspeito que mesmo assim tentou fugir galgando um paralelo do passeio. A viatura
acabaria por ficar presa e o condutor detido.
Segundo o INEM é procedimento habitual as ambulâncias
ficarem em funcionamento em situações de emergência, para salvaguarda dos
doentes, para manter a célula sanitária quente ou fria, consoante o caso.
Outra das razões para a ambulância se manter em
funcionamento é o facto de precisar de corrente eléctrica para as luzes e
sirene, as quais podem esgotar a bateria do veículo caso este seja desligado. O
INEM já condenou a atitude do suspeito, que poderia ter tido consequências mais
graves porque obrigou o Centro de Orientação de Doentes Urgentes a enviar uma
segunda ambulância para o local.
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