sábado, junho 27, 2009

Senhor Comandante dos bombeiros de Barcelos, tenha coragem, se demita.

O motorista dos Voluntários de Barcelos, que não levou doente a uma clínica por não ter maqueiro a acompanhá-lo, vai levar o caso a tribunal. Comandante diz que condutor "foi arrogante e desrespeitou hierarquias".

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Barcelos, José Quinta, quer anunciar, no início da próxima semana, o resultado do inquérito ao motorista-bombeiro que "desrespeitou a hierarquia" e "recusou de forma arrogante" levar uma doente a uma clínica de Braga para fazer exames. Mas o visado, Bernardino Durães, prepara-se para processar a corporação no Tribunal de Trabalho e nos tribunais comuns, por ter sido "suspenso ilegalmente 13 dias" quando exigiu ser acompanhado na ambulância por outro efectivo, cumprindo a portaria 1147/2001 de 26 de Setembro. Tem apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

"Não fui mal-educado nem recusei ou desobedeci aos superiores, apenas pedi tripulante/maqueiro para vir comigo. Era uma ferida grave, com fracturas, e exigia uma maca de vácuo/coquill, na qual eu, ou ia estar a dar à bomba, ou a moldar-lhe o corpo para estabilizá-la na viagem", disse o condutor, que tem 33 anos de casa, 15 como profissional. "Para facilitar, fiz muita viagem sozinho e depois pedia uma mão a familiares e vizinhos da vítima. Mas agora há regras. Se fosse interceptado pela GNR apanhava multa", realçou.

O caso remonta a 4 de Junho. O pedido de transporte do 3º piso do Hospital local até à Clínica de Imagem Médica de Braga "caiu" às 10 horas. O graduado atribuiu o serviço a Bernardino, que solicitou companhia "a três motoristas, a uma prestadora de serviço eventual, ao subchefe e ao chefe" presentes na altura, tendo estes dois negados. "Disseram: 'Se não queres trabalhar, no Centro de Emprego há paletes de pessoas a querer'; e 'o problema é teu, vai a Galegos buscar um bombeiro (de barro)'".

O motorista não fez, portanto, o serviço e o comando impediu-o de conduzir de 9 a 21 de Junho. "Não fizeram qualquer inquérito ou audição antes de eu ser suspenso", alegou Bernardino Durães, referindo que o "obrigaram" a vir ao local de trabalho à civil e foi "humilhado" por colegas. "Fiquei com nervos, mal-estar, insónias, tensão alterada, uma depressão. Fui duas vezes ao hospital. O médico de família enviou-me para o Hospital Psiquiátrico de Braga, deu-me baixa no dia 17 (até ao fim do mês) e estou a tomar medicação", explicou.

Realçou que enviou uma carta à direcção para anular a suspensão. De qualquer forma, um eventual pedido de desculpas do comando "de nada serve" e vai mesmo para tribunal. Por seu turno, José Quinta sustentou que a repreensão remete à parte operacional (comando) e não à direcção: "Não houve suspensão em si, está a concluir-se o inquérito e ninguém o quis humilhar. A sua atitude foi arrogante e desrespeitadora. O STAL depois também 'meteu lenha para a fogueira'", argumentou, aproveitando para sublinhar que a sua equipa "é unida, dedicada e reconhecida no país".
JN

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
Em relação ao caso do Bernardino Durães,há alguns pontos que apraz registar.
1º o comandante mente, pois na ordem de serviço da referida suspensão nada fala sobre indisciplina,arrogância,outra qualquer forma de desrespeito, apenas e só se refere a que o referido motorista não quis fazer o transporte sozinho,tendo o mesmo sido feito por um outro motorista sem auxiliar.Daí a revolta do comando,por o mesmo ter tirado uma foto à referida ordem de serviço para ter uma garantia de a mesma não ser alterada.Mais na radio Barcelos o referido comandante fala no levar um doente da clínica para casa, depois do tratamento,tendo dito antes na mesma entrevista que se tratava de um doente sentado do Hospital de Barcelos para uma clinica em Braga.
Por tudo isto se vê a confusão que vai naquela casa em matéria de verdade.
Mais o 2º comandante é sem duvida o grande mentor de todas as arrogâncias,é uma pessoa de má índole,que tem arrastado consigo alguns menos atentos as suas artimanhas.o Bernardino é apenas um caso entre muitas injustiças que se praticam lá dentro.