quinta-feira, dezembro 06, 2012

Quem é responsável pelo quê em fazer o quê?


A morte do maestro Correia Martins pela omissão de socorro em Lisboa lança publicamente a dúvida da responsabilidade do socorro geograficamente.

Apos várias chamadas para o INEM o INEM mandou ligar para o Regimento Sapadores de Lisboa, que por sua vez informava que não existiam ambulâncias disponíveis, onde aconselhava novamente os familiares a ligarem para o INEM.

Esse jogo do empurra durou cerca uma hora, tendo o cidadão morrido dentro do seu automóvel quando a família tentava levar o doente pelos seus próprios meios para o hospital.

A lei diz que cabe ao comandante do corpo de Bombeiros local a responsabilidade legal da prestação do socorro na sua área de atuação própria, logo na cidade de Lisboa essa responsabilidade legal é da responsabilidade do comandante do Regimento Sapadores de Lisboa, que não sei o porquê delega o socorro na área do pré-hospitalar ao CODU-INEM de Lisboa, que quando o serviço não interessa manda ligar para o RSB.

O RSB legalmente é o responsável pelo socorro na área do pré-hospitalar na cidade de Lisboa, assim o RSB tem que assumir todo o socorro aos cidadãos dentro da cidade de Lisboa, e se não tem meios disponíveis deve pedir as entidades competentes meios de outras zonas limítrofes, como fazem os outros corpos de bombeiros a nível nacional.

Essa promiscuidade entre o INEM, RSB e ANPC tem que ser resolvida, porque já dura a vários anos, onde todos fazem vista grossa, porque a nível legal as coisas estão muito bem especificadas.

Assim pelos vistos esse caso vai dar que falar, e talvez seja desta vez que vai-se expor o que se anda a passar no socorro em Portugal, porque quando as comadres se zangam descobre-se as carecas, e ai tem coisa cabeluda. 

terça-feira, dezembro 04, 2012


Três profissionais do INEM acusados de homicídio por negligência

Uma médica e dois operadores telefónicos do INEM foram acusados pelo Ministério Público de ‘homicídio negligente com culpa grosseira’ por terem recusado assistência a um homem durante uma hora e meia, acabando este por morrer no hospital devido à falta de intervenção médica atempada, escreve o jornal Público.

Segundo a acusação do MP, o homem começou a sentir-se mal, com fortes dores no peito e vómitos, ficando caído no chão. Foi a sua mulher que ligou para o 112 várias vezes ao longo de uma hora e meia. Só que os assistentes do INEM, com o aval da médica que estava de serviço, deram sempre indicação para que chamassem os bombeiros.

Uma hora depois, sem que o doente tivesse transporte adequado, acabou por ficar inconsciente a caminho do hospital num carro particular. Morreu passado meia hora de ter dado entrada nas urgências do São José, em Lisboa.

Segundo a acusação, a vítima morreu «em consequência do período de 1H30 de demora na intervenção médica pedida desde o início com urgência, que impediu a tomada dos procedimentos médico-cirúrgicos adequados, providência que dependia das decisões de cada um dos arguidos e que foram omitidas, contrariamente aos respectivos deveres deontológicos e ao dever de respeito genérico pela vida humana».

SOL

Infelizmente essa situação é comum no INEM, não se aciona meios de socorro, manda-se o cidadão ligar para os bombeiros, assim o cidadão terá que suportar os custos do socorro.

Uma politica que já dura a vários anos, e esporadicamente tem trazido consequências graves para quem necessita de socorro, vamos lá ver se é desta vez que o MP consegue que o INEM mude essa politica.