O Instituto Português de Cardiologia, a associação enfermeiros e dos Bombeiros, vem defender que devia ser obrigatório a existência de desfibrilhadores automáticos externos, mais conhecidos por DAE, em todos recintos públicos com grande concentração de pessoas.
O tema dos DAE é polémico e controverso, actualmente 99% das ambulâncias de socorro existente no País não possuem esse equipamento, estamos a falar de meios de intervenção de socorro que tem uma grande probabilidade encontrar situações de RCP, onde a aplicação do DAE é um elo importante na cadeia do RCP. O equipamento não existe porque a lei Portuguesa diz que aplicação do DAE é um acto médico, logo os socorristas não o podem aplicar mesmo que ele exista na ambulância.
Alteração a lei sobre aplicação do DAE, por pessoas não médicos, implica a existência de credenciação aos elementos que o iram aplicar o DAE, como tem que existir uma motorização de qualidade como um médico responsável pelo projecto. Situação torna esse projecto inviável financeiramente, motivado pelo o custo do equipamento e dos consumíveis.
È de estranhar que tais associações queiram que o DAE seja aplicado por leigos, se ainda não foi possível ultrapassar o impasse da aplicação do DAE pelas tripulações das ambulâncias de socorro, que são pessoas formadas e credenciadas na área do socorro Pré-Hospitalar.
3 comentários:
Oh Paulo não é estranho... é apenas as inteligências que temos neste país. Eu já não estranho nada!...
Luz
Bem, não entendo o porque de dizerem que os DAE´s alem do seu uso por pessoal médico, a sua utilização é limitada às equipas do INEM constituídas por TAE´s que no fundo se tratam de TAS´s tal e qual como nos bombeiros e CVP e que agora até querem apelidar de TECNICOS DE EMERGENCIA MÈDICA (uma autentica anedota, pois este tipo de profissionais na Europa para serem dignos desse nome requerem uma formação inicial de pelo menos dois anos).
Onde é que está a lei a dizer que os tripulantes dos bombeiros e CVP nao podem usar DAE?
Repare-se no seguinte:
«nao se consideram ofensa à integridade fisica» as «intervenções e tratamentos cirurgicos, que segundo o estado dos conhecimentos e da experiencia da medicina, se mostrarem indicados e forem levados a cabo, de acordo com as "leges artis" por um médico ou por outra pessoa legalmente autorizada, com a intenção deprevenir, diagnosticar, debelar ou minorar a doença, sofrimento, lesão ou fadiga corporal, ou perturbação mental» (cit.art.º 150º).
alem do supracitado, se já tem formação especifica, nao tenham medo de tentar salvar a vida do vosso semelhante:
mesmo no estrito campo do direito criminal, o intuito claro de salvar vidas humanas, até como dever e valor superior ao de qualquer outro, sempre acobertaria qualquer ilicitude pena (Codigo Penal, art.º 35º e 36º).
ola
Realmente acho uma treta nao se poder usar o DAE...tudo bem que so seria utilizado por pessoas com formacao para tal, agora apenas poder ser o medico?nao acho certo..eu sou voluntaria na cvp e nos temos as nossas ambulancias equipada com DAE,mas para que?numa situcao em que seja necessario nao podemos utilizar, o que tambem é estupidez visto que o DAE só actua se relamente o coracao estiver a desfibrilhar...
Sinceramente ha ainda muita coisa que este pais tem que mudar e esta situcao é uma delas
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