Duarte Caldeira, Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, fala sobre restrições ao transporte de doentes.
Correio da Manhã – Qual a objecção dos bombeiros ao despacho que exige aos doentes não urgentes declaração médica e prova de pobreza para terem transporte de ambulância?
Duarte Caldeira – O despacho não diz como e quem é que declara a insuficiência económica, e isso gerou uma situação anárquica, com cada centro de saúde a interpretar à sua maneira.
– O que vai fazer a Liga?
– Suspendemos o trabalho conjunto com o Ministério da Saúde, porque fomos traídos. Quando estávamos a negociar alterações ao regulamento de transporte de doentes, fomos surpreendidos com este despacho. E vamos reunir em congresso extraordinário para tomar uma posição forte. Vamos promover uma petição a enviar ao Parlamento e pedimos audiências aos grupos parlamentares.
– O Governo diz que gasta 200 milhões de euros em transportes e que há irregularidades.
– Já confrontámos o secretário de Estado Óscar Gaspar e ele alegou que o grosso das irregularidades não se refere aos bombeiros mas a quem usa carro e debita quilómetros, por isso não percebemos.
DN
Fartei-me de avisar e alertar, mas ninguém deu-me ouvidos, agora sentem-se traídos…
Quem sente-se traído deviam ser os Bombeiros, porque nunca tiveram ninguém que os soubesse defender na altura certa e no momento certo, os compadrios e a promiscuidade política na estrutura dos bombeiros portugueses levaram a uma situação dessas.
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