terça-feira, fevereiro 01, 2011

Trabalhar para aquecer.

As alterações exigidas pelo INEM no curso de Tripulante de Ambulância de Transporte onde é exigido dois formadores, está a criar polémica e dificuldades para realização do respectivo curso e recertificações.

A Escola Nacional de Bombeiros “ENB” informou os formadores da obrigatoriedade da existência de dois formadores nas formações de técnicas de socorrismo, tripulante de ambulância de transporte e recertificações, caso o curso seja suportado inteiramente pela ENB, o valor de 24 euros por hora que a escola paga a cada formador será dividida pelos dois formadores, onde será retirado as contribuições fiscais, o que dará em média cerca de 7 euros por hora.

O único formador existente na minha associação de bombeiros dessa área rescindiu o contrato com a ENB, normalmente dois em dois anos dava um curso renumerado pela ENB, todos os anos formava os elementos do quadro activo gratuitamente (uma norma imposta aos formadores pela ENB meramente curiosa), este ano não será assim, fartou-se de andar a trabalhar para aquecer e a sustentar durante anos um sistema de formação cheio de irregularidades. Em plena reunião para se decidir o plano de formação para este ano, ele simplesmente informou o comando que já não era formador da ENB, o comandante que pedisse á ANPC formadores para dar os respectivos cursos no seu corpo de bombeiro, e como as coisas andam, não deve existir nenhuma formação nessa área nos próximos anos na minha associação de bombeiros.

E pelos visto não é caso único na região, o que mostra o desapontamento dos formadores com a direcção da ENB, é o encaminhar para o cano esgoto do projecto da ENB colocar um formador de cada área em cada associação de bombeiros, curiosamente a trabalhar gratuitamente para ENB ou a serem mal pagos. A direcção da ENB deve andar a querer apanhar abelhas com vinagre.

Será que a direcção da ENB quando contrata algum colaborador também pagam esse colaborador dividindo os seus próprios ordenados?

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