terça-feira, fevereiro 08, 2011

E que tal abrir os olhos?

A relação entre o Ministério da Saúde e os Bombeiros nunca foi boa nem irá ser, principalmente agora com as novas medidas impostas aos transportes não urgentes.

O transporte não urgente não é rentável, nunca foi nem o ira ser, não é preciso ser doutorado em gestão para se aperceber que a balança das despesas é das receitas desse tipo de serviço é deficitária. A única maneira de dar lucro é não cumprir a lei que regulamenta esse tipo de serviço. Porque se analisarmos o custo da compra de um veículo novo, as alterações que o veículo tem que fazer, material, tripulação, manutenção do veículo e o custo dos combustíveis que estão ao preço da morte e renovação do veículo, facilmente se vera que anda-se a trabalhar gratuitamente para o MS, mas incrivelmente muitos presidentes das associações de bombeiros e comandos não enxergam essa dura realidade.

Os bombeiros não devem andar a financiar o SNS, porque os bombeiros não recebem meios ou verbas de qualquer estrutura do governo para a existência desse tipo de serviço ou outros na área do pré-hospitalar para os efectuar esses serviços a custo reduzido como é sabido, e não é da responsabilidade dos bombeiro de terem meios para o fazer esse tipo de serviço, como muita gente dá a entender para opinião publica.

A Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa ameaça rescindir o acordo existente entre o MS e LBP, mas não diz que muitos corpos de bombeiros já á décadas rescindiram o contrato com o MS, se os utentes se quiserem ser transportados em ambulância pagam aos bombeiros directamente, até mesmo serviços de urgências, porque a verdade tem que ser dita, os acordos celebrados entre a LBP e o MS ou outra entidades, as associações de bombeiros somente aderem se quiserem, nada às obriga assinar acordos onde nunca foram ouvidas nem deram a sua opinião.

Para quem não vê nem quer abrir os olhos, é o serviço de transporte não urgente somente dá despesa e nenhum lucro, além de andar a fazer dos bombeiros e dos seus meios simples motoristas de Táxis e de transporte público, descorando muitas das vezes a sua missão primordial, que é o socorro das populações, onde até no socorro os bombeiros estão a ficar em segundo plano, sendo gradualmente substituídos por outras entidades, onde num futuro muito próximo somente efectuaram aquilo que os outros não quiserem fazer.

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei paulo, muita gente não vê isso