terça-feira, abril 28, 2009

Bombeiro diz que GIPS o detiveram por fazer contra-fogo autorizado

As novas directivas sobre a legitimidade de executar fogo controlado e contra-fogo não acabaram com o atrito que o assunto tem gerado entre bombeiros e Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR. Na quarta-feira da semana passada, no combate a um incêndio, em Montalegre, os ânimos entre as duas forças exaltaram-se.
As versões do conflito são diferentes. Segundo os bombeiros de Montalegre, um elemento do GIPS exigiu ao soldado da paz que executou uma operação de contra-fogo que lhe exibisse a licença que o acreditava para o efeito. O bombeiro em causa terá dito que estava autorizado para o fazer pelo comandante distrital, conforme dita a nova legislação sobre o assunto. Mas o elemento da GNR terá mantido a posição. A teima terá gerado, inclusivamente, uma discussão azeda e, segundo os bombeiros de Montalegre, os elementos da GNR deram voz de detenção ao jovem bombeiro, quando este quis abandonar o local para continuar a apagar o fogo, que estava controlado, mas não extinto.
A versão dos GIPS é outra. Segundo fonte da GNR, que preferiu não ser identificada, não houve detenção. “Apenas foi pedida uma identificação, não formal, para que ficasse registado no relatório quem procedeu ao contra-fogo. É um procedimento normal”, garantiu a mesma fonte. Confrontado com a situação, o comandante distrital do Centro de Operações e Socorro e Protecção Civil, Carlos Silva, desvalorizou a polémica, alegando que os GIPS estarão ainda a fazer uma “interpretação da anterior legislação”. “Mas a nova legislação é clara. Os bombeiros são quem têm a responsabilidade no combate ao fogo e, por isso, quem decide sobre as técnicas que usam”, explicou Carlos Silva. Esta não é a primeira situação de conflito entre as duas forças na região.
Em Agosto do ano passado, aconteceu uma situação semelhante em Valpaços.
Este ano promete, a relação entre a GNR e os Bombeiros vai de mal a pior.

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