Muitas vezes insurjo contra este instituto público como o modo trata as chamadas de socorro e as entidades envolventes no SIEM.
E cada vez tenho mais razão no que escrevo, basta por isso ler as notícias que saem diariamente sobre esse instituto, onde cidadãos morrem a espera de socorro ou são transformados em armas de arremesso entre as entidades envolvidas no sistema.
O recente caso de Santarém e as chamadas de socorro não atendidas, mostrou a realidade diária do que se anda a passar, realidade pintada de maneira diferente da realidade, onde uma simples chamada de socorro é transformada num verdadeiro inferno para quem necessita de ajuda.
Tudo isso somente acontece pela prepotência no INEM, que faz da linha 112 uma autêntica mercearia de bairro, onde escolhe o que quer, como quer, e se o produto não lhe agrada tenta o despachar para os outros parceiros, parceiros que depois têm que fazer aquilo que agrada ao INEM como o que não agrada ao INEM, com agravante de muitas das vezes suportarem os custos dos serviços ou cobrarem o serviço prestado a quem necessite a de ajuda.
Até quando é que iremos fechar os olhos e compactuar com essa situação?
Esta na altura de se proceder a criação de verdadeiras centrais de socorro ou de emergência como lhe queira chamar, centrais idênticas aos dos países civilizados, onde qualquer pedido de socorro é tratado de uma forma profissional por pessoas competentes, que gerem todos os meios de socorro disponíveis das diversas entidades pertencentes ao sistema, onde uma simples chamada de socorro é recebida e resolvida internamente e gratuitamente, não existindo outra forma de se obter meios de socorro além dos accionados por essa central.
Em quanto isso não acontecer, o socorro em Portugal será sempre uma incógnita, porque ninguém sabe que meios estão disponíveis nem o que andam a fazer.
5 comentários:
Boa noite.
Paulo permite-me fazer uma correcção, que alias ainda é um pouco tabu.O facto de a população julgar que o 112 é o INEM.
Não, o 112 é a central nacional de emergencia com atendimento distribuido por varios pontos de Portugal.Essas centrais estao na dependência total e exclusiva da Policia de Segurança Publica (PSP).Quando ali caí um pedido de auxilio na vertente medica, o 112 encaminha para os CODUS correspondentes á area geografica.
Por isso nã vamos imputar responsabilidades a quem não as tem, neste caso o 112.
Quanto ao artigo não poderia estar mais de acordo.
Sim isso é verdade, mas toda publicidade que é fundamentada pelo INEM e SNS, ignora os outros intervenientes ligados a linha nacional de emergência 112
Na minha humilde opiniao, este texto tem tanto de correcto, como de utópico.
A central unica, sem a pre-triagem da PSP seria simplesmente ingovernavel. So quem nunca teve numa central 112 (ja nem falo num codu) é que pode pretender algo do genero.
Ja agora, está disposto a que os seus impostos sirvam para pagar ambulancias que servem para transportar dores de dentes, de ouvidos, unhas encravadas e etc so porque estes cidadãos ligam 112 e devem ter direito a uma ambulancia gratuita?
Ou porque nao querem pagar um taxi?
Ou porque julgam q se entrarem de ambulancia sao atendido mais depressa?
É que eu nao estou...
Já repararam que ate o atendimento (supostamente gratuito e ja pago pelos nossos impostos) do SNS tem taxa moderadora?
Talvez a solução passe por uma solução intermédia, mas nao penso que passe por perder umas das poucas vertentes civilizadas que o nosso sistema possui, a central medicalizada.
Ainda que actualmente isso esteja tão desvirtuado...
Que continue a troca de ideias.
Já agora, está disposto a que os seus impostos sirvam para pagar ambulâncias que servem para transportar dores de dentes, de ouvidos, unhas encravadas e etc.
Só porque estes cidadãos ligam 112 e devem ter direito a uma ambulância gratuita?
Claro que não Pedrinho da Meiguices, nem concordo que esses cidadãos sejam aceites numas urgências hospitalares, muito menos que utilizem os escassos meios de socorro existentes, mesmo que esses meios de socorro sejam pagos por quem tenha dinheiro.
O que eu defendo que somente exista uma só central, onde todos os pedidos sejam tratados por pessoas competentes, para isso alguém tem que auxiliar e encaminhar as pessoas, se existe necessidade vai uma ambulância de socorro e uma VMER, ou noutros casos vai uma ambulância de transporte, um TAXI ou simplesmente nada vai, cada caso é um caso, e alguém vai que ter decidir e assumir a responsabilidade, com critérios aceitáveis, não se pode utilizar as pessoas como arma de arremesso entre entidades.
O sistema como esta é que não pode continuar, porque isso sim é um abuso de meios e de recursos.
Concordo em absoluto contigo.
Que soluções\ideias tens para conseguir implementar isso?
E em que modelo?
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