terça-feira, dezembro 21, 2010

Esperou três horas por ambulância

Um corticeiro esperou, ontem, três horas por uma ambulância que o levasse ao hospital, depois de ter caído na rua e vomitado, após o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) ter recusado accionar o transporte, por não considerar urgente.

Mário Mendes Pereira, 43 anos, corticeiro em Santa Maria de Lamas, tinha acabado de sair das instalações da Segurança Social de Aveiro, quando subitamente caiu na rua, ficando um pouco roxo e vomitando. Esteve alguns minutos estendido no chão, acompanhado da sua companheira Maria Oliveira, esperando por socorro.

Pouco passava das 14.15 horas mas só depois das 17.15 horas uma ambulância dos Bombeiros Novos chegava ao local - o corticeiro foi, entretanto, transferido para o interior das instalações da Segurança Social, queixando-se de dores na coluna. O transporte foi feito depois de diligências de agentes de uma patrulha da PSP que passou pelo local e se inteirou da situação. O CODU, através do 112, alertado para a situação, considerou que não se tratava de um caso urgente, não accionando o transporte do corticeiro para a Urgência hospitalar.

Aquele só poderia ser feito por uma ambulância desde que o transporte fosse pago (10 euros).

"É uma vergonha", disse, ao JN, a companheira do corticeiro. "Ele tem problemas na coluna cervical, as mãos não têm firmeza, quando ele caiu ficou roxo e começou a vomitar", adiantou.

O comandante dos Bombeiros Novos, Ricardo Fradique, disse, ao JN, que o transporte foi feito por conta da corporação.

"Era uma situação que estava a tornar-se insustentável e a pessoa não ia ficar ali", referiu. Para o comandante dos Bombeiros Novos, a recusa do CODU em considerar urgente é um problema nacional.

"Temos tido muitas situações. Ainda no outro dia um familiar de um dirigente nosso teve uma trombose, o CODU não considerou urgente e a pessoa morreu", referiu. O JN tentou, sem sucesso, ouvir a versão do CODU.

Eu já algum tempo venho alertado para essa situação, com as medidas de austeridade existente no INEM, onde recusam socorro para quase tudo com fim economicista, situações dessas serão frequentes.

O ideal é o cidadão sair com umas notas no bolso para pagar uma ambulância em caso de socorro, porque os Bombeiros portugueses não tem nada que andar a financiar o Ministério da Saúde e os seus institutos.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

A revolta das coves.




Em Várzea de Meruge, Seia, Serra da Estrela, a população cansou-se de pedir ao presidente da Junta que reparasse o piso de uma rua.

Vai daí, decidiu plantar couves nos buracos...
...e agradecer ao presidente e ao seu padrinho em S. Bento.
Nunca a frase «atirou com o carro para as couves» fez tanto sentido...

Vale a pena ver as imagens.

É ainda curto, mas é um sinal de que o povo está aí, já se ouve ao longe os tambores... Um dia a paciência acaba-se...!





quarta-feira, dezembro 15, 2010

"TAS vs TAE"

Depois de ter escrito o artigo alusivo aos TAE e TAS que deu muita controvérsia, chega-me esse comentário expondo uma situação lamentável de um TAE que não sabe o seu lugar nem a sua função.

Eu sou bombeiro, tenho o curso de TAS desde 1998 tirado na ENB, as únicas diferenças do TAS para o TAE são que os bombeiros durante o curso têm uma semana de desencarceramento, os bombeiros têm de cortar chapa e estabilizar um veiculo enquanto o TAE só aprende a fazer imobilizações num acidente mas de resto é praticamente igual.Enquanto o bombeiro para fazer o curso de TAS já tem que ter o curso básico de socorrismo e experiência de 2 anos, o civil que assine um contracto com o INEM pode ser experiente em batatas porque depois é recebida a formação de TAE.

Num acidente em que estive eu, outros meios dos bombeiros e 1 ambulância do INEM tripulada por TAEs trabalhamos todos bem sem grandes complicações, até que o TAE vem ter comigo e me pede os dados da minha vitima para ele dizer ao CODU, eu só lhe respondi isto:
- Olha para a minha ambulância, estas a ver? é igual à tua!
- Ñ te passo dados da minha vitima, eu é que tenho que passar dados quando achar que deva passar ou que seja necessário.
TAE: Mas eu sou o mais credenciado no local.
Eu: então vai para junto da tua vitima, ñ me conheces de lado nenhum para dizeres que és mais credenciado que eu, mas mesmo assim dou-te os parabéns por dizeres á tua vitima para se deitar no plano em vez de fazeres a imobilização em pé.

Amigos, conheço TAEs e TAEs, 10% são grandes maquinas a trabalhar, muito profissionais, com uma nível de camaradagem acima da media e conheço 90 % de outros que são autentica merdas, mas os bombeiros são iguais, para mim só 10% é que estão bons os outros ñ valem a pena.

Em relação ao DAE, um curso que por muito estúpido que seja, pois o INEM só me vai certificar por saber carregar num botão a verdade é essa, o engraçado é que já existem centenas nos centros comerciais e nas ambulâncias dos bombeiros nem um, enquanto um segurança já tem o curso para operar um DAE e ñ tem pratica de reanimação mesmo tendo formação básica de socorrismo, os bombeiros que já estou habituados a reanimações ñ têm a merda de um curso que é uma mais valia para o INEM, quantas e quantas vezes o medico do VMER já me perguntou se ñ tínhamos DAE? o que espera o INEM???

Amigos e colegas eu ñ tenho o curso de DAE mas já utilizei mais que uma vez o dito aparelho, continuo sem perceber que curso é que querem dar, vão-me ensinar a rapar o peito da vitima, colocar as pás e ensinar a ouvir as instruções que são dadas por uma maquina para estúpidos?Ñ tem lógica.
Mas isto claro é a minha opinião.

autor Anónimo

É pena não existirem mais bombeiros como esse.

Abaixo os organismos de cúpula, vivam os orgasmos de cópula

Por Daniel Oliveira.

Um episódio está a aquecer o Parlamento. Nada tem a ver com os deputados.

A semana passada um colaborador do grupo parlamentar do PSD foi apanhado em flagrante delito, às sete da manhã, em pleno acto com uma amiga que não trabalha na Assembleia. A coisa pode parecer apenas interessante contada assim. Mas é muito mais do que isso. O acto aconteceu na sala do plenário. Infelizmente, a interrupção não terá permitido ao arrojado casal levar a fantasia até ao fim. Há sempre um empata.

Antes que a coisa saia na imprensa e comecem as condenações morais, quero deixar clara a minha admiração pelos pecadores. Porque respeito quem faz tudo para cumprir uma fantasia. Porque deram um contributo para a dessacralização do poder, aproximando assim aquele órgão de soberania das verdadeiras preocupações dos cidadãos. E porque, por uma vez, aconteceu qualquer coisa realmente interessante naquela sala (infelizmente não consegui saber qual foi a bancada escolhida).

Só lamento que, como de costume, quando realmente alguma coisa de construtiva começa ali a ser feita, seja deixada a meio. O meu abraço aos dois. Próxima aventura: Palácio de Belém?Parabéns ao intrépido casal porque:

a) Por uma vez que seja, a AR foi verdadeira e matematicamente paritária;
b) Demonstrou cabalmente que neste País a política é fodida. E que de deputado a de putedo pode ir, literalmente, um pintelho, pese embora não ter sido esse aparentemente o elenco desta (des)feita;
c) Às sete da matina já exibiam um ritmo e um grau de actividade que os mais dos deputados habitualmente nem às sete da tarde atingem;
d) Demonstraram que poder é bom enquanto dura, mas há que saber sair de cima quando o tempo de outrem sobrevém ao nosso;
e) Depois de lhes reprovarem o acto na generalidade, tiveram a decência e o bom-senso de passar à especialidade em sede mais recatada;
f) Forneceram o exemplo acabado de como, em Democracia, quaisquer coitados podem aceder sem restrições ao órgão máximo da representação popular (Coito dos Santos novamente na Educação, já!);
g) Demonstraram ainda, para gáudio de uns e vexame de outros, que naquela vetusta sala continua a haver quem use mudar de posição conforme as conveniências do momento.Tenho dito.

Autor Daniel Oliveira

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Armas há venda no portal OLX em Portugal.

Quando se fala na falta de insegurança em Portugal, já quem venda armas no Portal OLX em Portugal.

Um indevido de Setúbal está a vender uma pistola como se vendesse outro artigo qualquer