quinta-feira, abril 26, 2007

Equipas de Primeira Intervenção EPI



O Governo e as Câmaras Municipais vão pagar em partes iguais 16 milhões de euros para terem prontas, até 2009, 200 Equipas de Primeira Intervenção (EPI) em situações de socorro e emergência, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.


Cada equipa é formada por cinco elementos, sendo que quatro elementos terão de ser recrutados no universo de bombeiros do quadro activo e o quinto do universo dos chefes ou sub-chefes do quadro activo ou quadro de comando.

Estes bombeiros terão de ter formação específica, a cargo da Escola Nacional de Bombeiros.
Em cada corpo de bombeiros terá de existir uma bolsa de bombeiros voluntários devidamente formados e articulados, disponíveis para uma eventual substituição.


Dificilmente se entende quais são as verdadeiras intenções do governo nessa matéria, porque não regulamenta nada para o que esta a se propor a criar, nem regulamentam nada para o que já foi criado. Porque actualmente existem dezenas de equipas EPI de Norte a Sul do país financiadas a 100% pelas Câmaras Municipais. EPI criadas através de protocolos com as associações de Bombeiros, constituídas por Bombeiros provenientes do quadro activo e auxiliar, que se vão juntar a uma dezena de milhares de profissionais, que são contratadas e suportados financeiramente pelas associações de Bombeiros, para exercerem profissionalmente actividade em diversas área do socorro, pessoas com formação especializadas a condizer com a função que ocupam. São profissionais na área do socorro, que aguardam a dezenas de anos um por diploma legal que regulamente as suas actividades profissionais.

A criação de mais de 200 EPI constituídas por 5 elementos é sempre melhor do que nada, mas são tecnicamente insuficientes para suprimir as maiorias das ocorrências existentes, levando a que não exista padrões de seguranças mínimas. Serão mais de 1000 Bombeiros com contrato precário a juntar aos quase uma dezena de milhar existentes em Portugal, e depois nada garante que esses elementos estarão afectos unicamente ao serviço de socorro, porque a maioria deles andaram a fazer tudo, menos serviço de socorro.

Outra coisa é a possibilidade se inserir elementos de Comando nesses grupos, serão Comandantes sem tropas, e por ordens superiores os Comandantes não podem ser chefes de equipas de veículos de combate, assim nas melhores hipóteses a única operacionalidade desses grupos, ficara circunscrita a tripulação de uma ambulância de socorro ou de transporte, tudo vai depender da formação desses elementos.

Outra particularidade interessante foi na forma encontrada para a substituição dos elementos desses grupos quando forem de ferias, licença, baixa ou em formação “Em cada corpo de bombeiros terá de existir uma bolsa de bombeiros voluntários devidamente formados e articulados, disponíveis para uma eventual substituição” espero que esses elementos não sejam pagos com valores idênticos ao ECIN e os ELAC, porque assim as melhores hipóteses é lá ter somente bombeiros de 3 classe, se não forem cadetes e aspirantes. Em relação a formação dos elementos de substituição, é supostamente os Bombeiros Portugueses tenham formação a condizer com o seu posto e funções, porque se não for assim não deviam ser Bombeiros, porque serão eles que iram assegurar o socorro depois do horário do funcionamento dos grupos de profissionais, se assim não for, algo muito grave se passa com a formação dos Bombeiros em Portugal.
O que nasce torto dificilmente se endireita



terça-feira, abril 24, 2007

Um País de Pinheiros e de Cepos


O socorro em Portugal somente existe para o combate aos incêndios florestais. Em pleno verão existirão mais de 1269 equipas de combate, 6.065 homens, 1271 viaturas e quase uma centena de meios aéreos para o combate a incêndios Florestais.

O dispositivo criado somente no Verão que devia existir durante todo o ano, porque em Portugal não existe somente Florestas, existe pessoas, bens pessoais e públicos que necessitam de ser protegidos em caso de algo de anormal ocorrer. Mais de 99% dos corpos de Bombeiros não tem homens em premência 24 horas sobre 24 horas para fazer face a um incêndio urbano ou outra coisa mais complicada. Actualmente somente existem recursos para as primeiras necessidades, e mesmo nessas situações a maioria das vezes os recursos são insuficientes.

O Governo acaba de anunciar a criação de 200 equipas de primeira intervenção até 2009,a serem colocadas nos corpos de Bombeiros com falta de efectivos voluntários, com o único objectivo de estarem disponíveis para o serviço de socorro a população. Somente trabalham das 9h00 as 17H00 de segunda a sexta-feira e esses elementos só efectuaram serviço de voluntário se quiserem, pelas palavras do secretário de estado Ascenso Simões, ser profissional num corpos de Bombeiros não é sinónimo ser voluntário. O que me leva a pensar que depois ou antes dessa hora não existe situações de socorro em Portugal. O mais grave e ver normalmente depois esses elementos subsidiados com o dinheiros públicos andarem a fazer coisas que não deviam fazer, desde consultas, transportes de doentes, etc.
Situação que actualmente afecta os grupos já criados já a alguns anos em dezenas de Corpos de Bombeiros Voluntários, subsidiados a 100% pelas câmaras Municipais, e mais recentemente com os grupos dos Caneirinhos, onde não existe um diploma legal que regulamente essa actividade e nem quem fiscalize o que andam a fazer ou oriente esses profissionais.

Com tais politicas, o socorro em Portugal está somente dependente dos nossos Santos Padroeiros, que a vários anos trabalham arduamente para que nada de anormal ocorra em Portugal, e mesmo que ocorra tudo vai depender da sorte.

quinta-feira, abril 19, 2007

Desfibrilhação Automatica Externa



O Instituto Português de Cardiologia, a associação enfermeiros e dos Bombeiros, vem defender que devia ser obrigatório a existência de desfibrilhadores automáticos externos, mais conhecidos por DAE, em todos recintos públicos com grande concentração de pessoas.

O tema dos DAE é polémico e controverso, actualmente 99% das ambulâncias de socorro existente no País não possuem esse equipamento, estamos a falar de meios de intervenção de socorro que tem uma grande probabilidade encontrar situações de RCP, onde a aplicação do DAE é um elo importante na cadeia do RCP. O equipamento não existe porque a lei Portuguesa diz que aplicação do DAE é um acto médico, logo os socorristas não o podem aplicar mesmo que ele exista na ambulância.

Alteração a lei sobre aplicação do DAE, por pessoas não médicos, implica a existência de credenciação aos elementos que o iram aplicar o DAE, como tem que existir uma motorização de qualidade como um médico responsável pelo projecto. Situação torna esse projecto inviável financeiramente, motivado pelo o custo do equipamento e dos consumíveis.

È de estranhar que tais associações queiram que o DAE seja aplicado por leigos, se ainda não foi possível ultrapassar o impasse da aplicação do DAE pelas tripulações das ambulâncias de socorro, que são pessoas formadas e credenciadas na área do socorro Pré-Hospitalar.